Recursos para Inovação
Entre as linhas de fomento disponíveis, destacam-se FINEP, BNDES e CNPq. Saiba como funciona cada uma.
Discursar que inovação é uma atividade fundamental para o desenvolvimento das empresas, e em conseqüência de um país, é sem dúvida um discurso redundante. No entanto o que é inovação e qual os caminhos para que um negócio se torne inovador deixa dúvidas nas esferas empresariais. As respostas a estas questões estão disponíveis em literatura abrangente para aqueles com interesse de pensar “fora da caixa” dentro de suas empresas.
Porém todas as vezes que se discorre sobre o tema inovação vem a palavra chave que assusta a grande maioria dos empresários ou empreendedores na fase inicial de seu negócio, o risco financeiro! E, ótimo que assusta, pois sabe-se que o medo é uma reação de defesa que nos afasta de atitudes inconseqüentes.
Sabendo-se que existe esse ‘medo’ por parte dos empresários a grande maioria dos países desenvolvidos disponibiliza recursos governamentais para apoiar a iniciativa privada dividindo os riscos inerentes desse processo. E no Brasil não é diferente, incentivos disponibilizados para dividir os riscos em projetos deram origem ao carro à álcool e a Embraer.
Atualmente, dentre os diversos órgãos com linhas de apoios disponíveis para o empresário, destaca-se a FINEP, BNDES e CNPq.
A FINEP este ano deve operar com R$ 6 bi segundo o presidente Glauco Arbix em recursos reembolsáveis para empresas. Esses recursos são do Programa de Sustentação do Investimento e se destinam a operações de crédito, com juros subsidiados, para empresas que atuam em setores estratégicos.
O BNDES possui duas linhas de crédito, a Linha Capital Inovador que apóia empresas no desenvolvimento de capacidade para atividades inovativas em caráter sistemático e a Linha Inovação Tecnológica que apóia projetos de inovação de natureza tecnológica que busquem o desenvolvimento de produtos e/ou processos novos ou significativamente aprimorados com risco tecnológico e oportunidades de mercado.
Além dessas linhas possui o Funtec – Fundo Tecnológico com recursos não reembolsáveis, programas como o Criatec e o Prosoft
O CNPq- Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico com o programa RHAE utiliza um conjunto de modalidades de bolsas de Fomento Tecnológico, especialmente criado para agregar pessoal altamente qualificado (mestres e doutores) em atividades de P&D nas empresas.
Enfim, embora com limitações e focado em áreas do conhecimento os recursos governamentais existem de fato. Caberá portanto ao empresário a pró-atividade para buscá-los, entender seu funcionamento, criar projetos inovadores, submetê-los a aprovação e assim dividir com o Governo os “dores e os sabores” da inovação.
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Inovação e Recursos a Longo Prazo
Roberto Alcântara é presidente e fundador da Angelus – Indústria de Produtos Odontológicos S/A. Empreendedor Endeavor desde 2008.