Day1 | O que o mundo pode te trazer hoje? [Brad Feld – TechStars]
Para o fundador da TechStars, um Day1 pode estar em qualquer dia, mas você nunca sabe como ele pode acontecer.
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Durante uma visita de seus pais no período em que estudava no MIT, em Boston, compartilhou com eles seu descontentamento com o ambiente e a vontade de voltar para Dallas, a sua cidade natal. Seu pai sugeriu que se dedicasse por 1 ano àquela experiência e, então, se ainda não estivesse convencido, que voltasse para casa. Durante os 7 anos em que ficou por lá, Brad não chegou a adorar o MIT, mas aproveitou a experiência.
A partir desse momento, sempre que pensava em desistir de alguma coisa, dava a ela uma chance de 1 mês – “um ano me parecia muito, mas este mês era importante”, lembra. “Pensei muitas vezes em desistir. Tive várias empresas que deram certo, várias que não deram certo, e sempre que eu sentia vontade de fechar uma empresa ou me livrar de algo, experimentava aquilo todos os dias durante um mês. Acordava todas as manhãs e pensava: ‘Como seria a vida se…’. E encarava o meu dia, mas pensava nisso no começo e no fim do dia. Muitas vezes, isso me fazia investir ainda mais no que eu estava trabalhando, em outros casos, me levava a desistir, porque via que não ia funcionar mais”.
Para Brad Feld, cada dia é um novo Day1. “Uns são ótimos, outros horríveis, mas você pode se reinventar todos os dias, não apenas como empreendedor, mas como ser humano”. Na época em que a bolha da internet começou a colapsar, contou ele, todos os dias eram muito ruins. “Eu pensava: amanhã será um dia melhor. Mas em um momento vi que cada dia era pior do que o anterior. Então, decidi mudar a minha perspectiva: em vez de pensar que o dia seguinte seria melhor, comecei a pensar: o que mundo vai me trazer hoje?”
Dessa reflexão, ele alcançou alguns importantes aprendizados relacionados ao empreendedorismo: “o poder de se apropriar de qualquer coisa que esteja fazendo”, “saber que você pode escolher onde realmente quer viver a sua vida, em vez achar que você tem de estar em algum lugar”, “em momentos de pressão, lembrar que eles não podem matá-lo ou comê-lo”, “nunca dar o próprio nome à sua empresa, pois, quando as pessoas estão insatisfeitas e irritadas, ligarão procurando você, mesmo que a culpa seja do seu sócio”.
Por Carolina Pezzoni, da Equipe de Comunicação da Endeavor Brasil.